Sucesso entre o público infantil (e alguns adultos, também! rs), a série, que agora virou filme, é uma animação leve e divertida que explora mais uma vez o mundo da imaginação das crianças, com personagens que desenvolvem as suas próprias ferramentas para se relacionarem cada vez mais e melhor com seus amigos.
O filme não ignora que crianças na idade pré escolar também passam por situações tensas que nem sempre estão preparadas para resolver, especialmente no que diz respeito a interagir com amigos ou colegas. Nesta idade, de 4 a 6 anos, é comum que a criança comece a frequentar, pela primeira vez, círculos sociais fora da sua zona de conforto, onde está acostumada a ser o centro das atenções e ter privilégios que não cabem em outras. O longa aborda este lado social e psicológico, colocando em discussão as formas que as crianças podem lidar com as emoções antes desconhecidas.
Dirigido por Andrés Lieban, “Meu Amigãozão - O Filme”, baseado em uma das séries mais assistidas da televisão paga e que chega exclusivamente nos cinemas no dia 12 de maio. Com distribuição da O2 Play em parceria com a RioFilme e produzido pela 2DLAB.
Na história acompanhamos Yuri, Lili, Matt e seus amigos em uma viagem para uma colônia de férias. Neste novo local, eles conhecem Duvi Dudum, uma criatura divertida que aos poucos revela interesses secretos: separar a turma de seus Amigãozões. Eles precisam se unir para resgatar Golias, Nessa e Bongo antes que seja tarde demais.
“‘Meu AmigãoZão’ é uma animação leve e divertida, mas não ignora que crianças na idade pré-escolar também passam por situações tensas que nem sempre estão preparadas para resolver, especialmente no que diz respeito a interagir com amigos ou colegas. As nossas histórias abordam essas dificuldades de forma orgânica, através da dramaturgia e da fantasia, procurando dar ferramentas para que a criança se reconheça em algumas situações e, através da empatia, entre em contato e reconheça seus próprios sentimentos, ajudando a desenvolver suas habilidades sociais”, explica Lieban sobre como o longa-metragem pode ajudar o público infantil a desenvolver os seus sentimentos.
Com roteiro de Cláudia Breitman, cocriadora da série e do canadense Clive Endersby, com consultoria do Laboratório Sesc Rio de Roteiros para Cinema, redator final da série, o filme é uma representação de como os medos e inseguranças podem ser enfrentados e mostra a amizade como um pilar principal neste processo.
Para a criação dos personagens, a equipe fez uma extensa pesquisa em literatura especializada, além de consultar pedagogos e psicólogos para entender como educadores são orientados a abordar o tema de amigos imaginários para usar alegorias de forma construtiva.
“A primeira decisão tomada foi estabelecer o público alvo da série, de 4 a 6 anos, e logo depois entender quais são os principais conflitos e estresses do cotidiano dessa faixa etária, por quais grandes transformações estão passando. No fundo, os Amigãozões são manifestações não conscientes das próprias crianças, vozes que elas precisam ouvir, respeitar e acolher para se conhecerem melhor e crescer”, aponta Lieban.
Outra preocupação da equipe foi mostrar o vilão Duvi Dudum para as crianças sem torná-lo em um exemplo a ser seguido, principalmente para um público que ainda tem pouco ou nenhum controle sobre a própria rotina, ainda está construindo seus valores e seu código ético o seu senso do que é certo ou errado.
“Vilões são sempre personagens magníficos porque não têm limites e por isso muitas vezes se tornam as referências mais atraentes então sabíamos que precisaríamos ter muito cuidado ao apresentar e conduzir as motivações e a trajetória desse antagonista, para que elas não se transformassem no exemplo”, finaliza o diretor.
MEU AMIGÃOZÃO - O FILME * 12 DE MAIO NOS CINEMAS