Participar da 4ª edição do INFOTrends foi incrível. Um evento repleto de tendências, inovação e cultural digital.
O primeiro a palestrar foi o VP do Google, Hugo Barra, com o tema: O futuro da computação móvel. Hugo, usando o seu Google Glass (sensacional!) apresentou novidades que estão por vir. Exemplificou duas revoluções que ele acredita e disse que os próximos serviços inovadores mudarão as formas como usamos a tecnologia e que vão surgir a partir de inspirações biológicas, como os estudos sobre o funcionamento do cérebro humano. Alguns data centers do Google já operam com o conceito de “rede neural”, são servidores que analisam informações armazenadas buscando padrões comuns, exatamente como faz o cérebro humano.
“Nossa habilidade de compreender o cérebro ainda é restrita, mas avançará muito nos próximos anos, o que nos dará subsídios para desenvolver sistemas muito mais complexos do que os que temos atualmente. Esse fenômeno permitirá descobrir a cura de doenças incuráveis, como o Alzheimer, e também criar máquinas capazes de pensar como nós”, afirmou Barra.
Barra acredita em uma nova economia de apps. Segundo o executivo do Google, plataformas de processamento de baixo custo como o Raspberry Pi e o Arduino, que permitem aos usuários inserir comandos básicos nestes chips, iniciam o desenvolvimento doméstico de novos gadgets.
A produção em massa destes dispositivos “inventados em casa” poderá ser viabilizada por fundos de financiamento colaborativos, como o serviço americano KickStarter.
Apresentou uma reinvenção de processos, como por exemplo, o Square – smartphone para pagamentos, Hotel Tonight, Google Shopping Express e Lyft. Todos conectados a nuvem.
“Cada vez mais veremos dispositivos conectados ao nosso corpo, que podem ser óculos, relógios ou pulseiras, todos acessando dados na nuvem”, disse Barra.
Um serviço bem legal e assustador que ele apresentou foi o Outbox, ele vai resolver o problema da nossa caixa de correio. Três a quatro vezes na semana, um funcionário do outbox vai até sua residência, abre a caixa de correio, pega as correspondências, escaneia todas e te manda no email. Isso já está acontecendo em alguns condomínios dos Estados Unidos.
Logo em seguida teve a palestra internacional da VP do grupo Aegis Media, Erica Smither, que nos ensinou a fazer o target das pessoas de uma forma diferente. Erica acredita que a TV não vai morrer tão cedo, que será necessário repensar os modelos em relação ao que existe hoje e começar a produzir comerciais customizados, “É excitante e um pouco assustador, mas esse é o futuro”, diz Erica.
O alemão Gerd Leonhard, CEO da The Future Agency, falou sobre o futuro da mídia, da TV e da Publicidade em uma sociedade conectada. Gerd afirmou “Os algoritmos são necessários, mas precisamos de um ‘humanorítimo’: o fator humano continua a ser essencial”, mesmo vivendo em uma sociedade cada vez mais conectada, o alemão não acredita que são apenas dados e algoritmos que construirão os grandes negócios do futuro.
Ele diz que é necessário sair dessa caixinha senão seremos esquecidos, será necessário reinventar uma nova lógica e apresentar mudança na cultura que nos define. “Lógica de ontem pode te matar”, Peter Drucker. Gerd terminou a palestra com uma missão: Seja indispensável. “Descubra a sua grandeza e comece hoje a fazer essa transformação! Agregue novos valores, perceba qual é a nova lógica do mundo e, para mudar o futuro, busque se apaixonar por sua ideia.”
Ceo Brasil e EUA da SapientNitro, Marcelo Tripoli e Donald Chesnut, ressaltaram que precisamos criar um mundo para as marcas, fazer o Storyscaping, não apenas contar a história, mas também fazer com que o consumidor se sinta presente nela. É necessário mudar as perguntas do briefing, temos a função de melhorar a vida do consumidor e não apenas comunicar.
Durante a palestra, eles lembraram do case da Apple, um ícone da cultura digital atual. A empresa criada por Steve Jobs, disse Chesnut, conseguiu basear a experiência de marca no design e desenvolveu produtos e serviços com o que ele chama de “design visceral”. “Eles geram uma reação profunda nas pessoas, fazendo com que elas se engajem na experiência da marca”, disse.
Ao invés de criar uma campanha, crie um produto. Essa é a transformação da publicidade. Disseram que o mundo digital, ainda, é muito frio, mas pretendem trazer a experiência do tato e olfato conectada ao digital, para ter aquela sensação digital como realidade aumentada.
Essa foi -apenas- a parte da manhã no INFOTrends. No próximo post irei falar sobre a parte da tarde. :)
Evento cheio de conteúdo é assim, levamos até um tempo para ingerir tudo o que foi dito neste dia! #recomendo