Sobre luzes roxas e epilepsia. Vem entender!
Luzes roxas apareceram em Santos e São Paulo nos últimos dias para chamar a atenção da população sobre a Epilepsia e mostrar que a doença não é coisa de outro mundo.
Ela é uma realidade enfrentada por mais de 3 milhões de brasileiros que precisam da sua ajuda e não do seu medo! ;) Por isso, criaram o #PurpleDayBrasil, que vai acontecer no dia 26 de março. E eles pedem para você vestir o roxo e assim contribuir com o fim do preconceito a essa doença.
As luzes roxas que apareceram, representam a cor da campanha e foram escolhidas porque, em alguns países, o roxo é sinônimo de solidão, e infelizmente é um dos sentimentos muito experimentados pelas pessoas que são diagnosticadas com a doença, por causa do preconceito que vivem diariamente.
A epilepsia afeta cerca de 2% da população mundial e acredita-se que, somente no último ano, aproximadamente 50 milhões de pessoas conviveram com doença apresentando crises.
Por conta da imprevisibilidade dessas crises, pacientes com epilepsia costumam enfrentar momentos embaraçosos, motivados pelo preconceito que existe pela desinformação social sobre a doença. Esse preconceito afeta todas as áreas da vida do paciente - desde a profissional, até mesmo o relacionamento com amigos e familiares.
O Purple Day pelo mundo
A comemoração mundial consiste na conscientização sobre a doença e seu aspecto psíquico - o sofrimento das pessoas com epilepsia, não somente pela doença em si, mas pela solidão e falta de interação social que elas vivenciam.
É uma oportunidade para pacientes e não pacientes tomarem conhecimento sobre a importância do tema e fomentarem a troca de informações sobre como lidar com as crises epilépticas, quais as formas de tratamento e de inserção social.
Curiosidades
E para levar mais entendimento sobre a doença, a Dra. Laura Guilhoto, presidente da Associação Brasileira de Epilepsia e responsável pelo Laboratório de Epilepsia da Unifesp, esclarece os mitos mais comuns em torno da doença, a fim de ajudar a quebrar do preconceito e promover mais entendimento sobre as crises.
Os mitos mais comuns sobre a epilepsia são:
- Ao contrário do que muita gente acredita, a epilepsia não é uma doença psiquiátrica como a ansiedade e a depressão, mas sim uma enfermidade neurológica que acomete o cérebro.
- Cerca de 70% das pessoas com epilepsia vão ter suas crises controladas com uma ou duas medicações, desde que sejam tomadas de forma adequada e seguidas as orientações médicas.
- A epilepsia não é uma doença contagiosa, porque não existe um agente transmissível. O contato com a saliva do paciente de maneira alguma torna a outra pessoa epiléptica.
- Impedir que o paciente engula a própria língua durante uma crise é um mito. O correto é virar o paciente de lado, protegê-lo, deixar que a saliva escorra e aguardar calmamente que a crise acabe.
- O planejamento obstétrico adequado é necessário, mas a epilepsia não contraindica a gravidez. De uma forma geral, as medicações não devem ser modificadas ao longo da gestação, sendo importante um planejamento antes do início da gravidez.
- O estresse é um fator desencadeador de crises, por isso, não rejeite, mas busque compreender a pessoa com epilepsia. Além do estresse psíquico, o cansaço excessivo associado à falta de sono e descanso apropriado pode aumentar a frequência de crises.
- Os esportes, quando bem indicados e praticados de forma adequada, não pioram as crises e sim constituem um fator benéfico ao paciente.
- A epilepsia não tem razão para ser um estigma social. Machado de Assis, Dostoievski entre outras personalidades famosas tiveram epilepsia e são lembrados até hoje pelo seu brilhantismo.
Se junte a essa campanha e vista o roxo, no dia 26 de março. Juntos podemos acabar com o preconceito à Epilepsia.
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Afinal, Epilepsia não é coisa de outro mundo! #PurpleDayBrasil. Caso queira mais informações, acesse AQUI.